Todos mantemos uma relação muito pessoal com a cor. Até os invisuais são influenciados pelas suas radiações e capazes de as identificar, pois cada cor reflete uma temperatura diferente. Nascemos e crescemos com as cores. Trabalhamos uma vida inteira com elas, identificamos-nos com elas e, possivelmente, nunca nos debruçámos sobre o que é a cor ou como defini-la. E, ao tentar defini-la nem todos nos expressamos da mesma maneira porque, na realidade, a cor é uma linguagem individual. O homem reage a ela de acordo com as suas condições físicas e influências culturais. A própria identificação ou a sua combinação, o impacto da sua utilização, não pode ser analisado apenas pela estética. Esse impacto está sempre intimamente ligado ao uso que se faz do elemento cor. (...)
Toda a cor tem uma acção móvel. As distâncias visuais tornam-se relativas. O campo visual torna-se elástico. Por exemplo, uma superfície preta ou uma superfície vermelha, ilusoriamente, parecem aproximar-se, uma superfície branca ou uma superfície azul parecem afastar-se. (...)
Mas o fenómeno da cor-sensação não fica por aqui. (Tintas Robbialac e a Cor. Teoria da Cor)